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Carla Akotirene: Pesquisadora denuncia racismo no sistema de Justiça
A pesquisadora e doutora em estudos de gênero, mulheres e feminismos, Carla Akotirene, expõe a realidade do racismo no sistema judicial brasileiro. Ela destaca como o flagrante é forjado, discriminando indivíduos negros e impactando suas vidas de maneira irreversível.
Akotirene, referência no tema, ressalta como a palavra do promotor e do policial muitas vezes prevalecem sobre a do acusado, gerando desequilíbrio na justiça. Ela aponta para um embate entre a escrita e oralidade nas audiências, onde a voz dos afetados pelo racismo é frequentemente suprimida.
O racismo estrutural se manifesta de várias formas, inclusive na atuação da mídia sensacionalista, que, segundo Akotirene, frequentemente colabora com as forças policiais para criar flagrantes, prejudicando ainda mais os acusados negros.
O 17º Anuário Brasileiro de Segurança Pública destaca que mais de dois terços da população prisional é negra, reforçando a urgência em repensar o sistema de justiça. Carla Akotirene questiona a condução das audiências de custódia, argumentando que a colonialidade do saber hierarquizou a palavra dos afetados, dificultando a justiça plena.
No âmbito do feminismo negro, Akotirene destaca como o racismo se entrelaça com a dominação masculina, acentuando desigualdades sociais e de gênero. Sua obra, baseada em estudos dentro de presídios, revela a ligação histórica entre racismo e capitalismo, evidenciando disparidades na aplicação das leis.
Carla Akotirene não apenas aponta problemas, mas também oferece caminhos alternativos, como a mediação de conflitos, buscando um futuro onde a prisão em massa seja uma prática ultrapassada. Seu trabalho é uma voz crucial na luta contra o racismo e pela equidade no sistema de justiça brasileiro.
Feminismo Negro e luta contra o racismo
Akotirene enfoca seus estudos nas mulheres negras, destacando como o racismo está intrinsecamente ligado ao poder e à posição de liderança exercida pelos homens, perpetuando desigualdades.
Como você vê a luta contra o racismo e o feminismo negro no Brasil? Compartilhe suas ideias nos comentários e se aprofunde neste tema essencial.
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