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Sentenças com penas longas não resolvem o problema estrutural da violência e não garantem justiça, de acordo com Angela Davis. A filósofa e ativista está no Brasil para lançar seu novo livro, "Abolicionismo. Feminismo. Já.", onde propõe um modelo alternativo de segurança que priorize moradia, assistência médica e saúde mental. O feminismo abolicionista busca uma justiça não vingativa e a construção de um futuro mais harmonioso. Acompanhe a entrevista exclusiva com Angela Davis e entenda suas ideias revolucionárias.
Angela Davis ressalta que a justiça vingativa, presente na maioria dos sistemas judiciários ao redor do mundo, afeta as emoções das pessoas. Ela defende a necessidade de olhar para um tempo em que a justiça seja construída com base na harmonia e no bem-estar, em contraposição ao sistema atual. O livro "Abolicionismo. Feminismo. Já." é resultado da colaboração entre Angela Davis, Gina Dent, Erica Meiners e Beth Richie, referências nos estudos de gênero e raça. A obra será lançada no Brasil durante o XVIII Congresso Internacional da ABRALIC, em Salvador.
No Brasil e nos Estados Unidos, países com altos índices de encarceramento, o abolicionismo penal ganha força como uma proposta de transformação do sistema penal. Angela Davis destaca que o encarceramento em massa não soluciona as raízes da violência na sociedade e defende a adoção de políticas que promovam moradia, assistência de saúde, especialmente saúde mental, e educação como alternativas à punição. O objetivo final do feminismo abolicionista é o fim das prisões, da justiça vingativa e das forças policiais, visando uma sociedade mais equilibrada e livre.
Foto: Agência Pública
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