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Segunda-feira, 09 de Dezembro de 2024

Cotidiano

Programa Conselheira 101 realiza formatura da 4ª turma com executivas negras e indígenas para atuarem em Conselhos Administrativos

Repórter JB
Por Repórter JB
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Programa Conselheira 101 realiza formatura da 4ª turma com executivas negras e indígenas para atuarem em Conselhos Administrativos
Crédito: Wagner Júnior
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O Conselheira 101, programa de incentivo à diversidade de gênero e étnico-racial nos Conselhos de Administração, realizou a formatura da 4ª turma nesta sexta-feira (20/10), em São Paulo. Ao todo foram 43 alunas, que além de mulheres negras teve pela primeira vez a participação de indígenas. O evento contou com a presença de executivas de cargos de alta liderança em empresas nacionais e multinacionais, como Luiza Helena Trajano, do Magazine Luiza. 

Os encontros virtuais, que ocorreram de maio a setembro, incluíram aulas de governança corporativa e palestras com c-levels de grandes empresas, onde compartilharam experiências e responsabilidades de um conselheiro, formação, desafios e boas práticas de gestão. Entre os speakers convidados estiveram presentes Juliana Oliveira, CEO e fundadora da Oliver Press, que abordou sobre a importância da boa comunicação dos porta-vozes nas organizações; Mafoane Odara e Carlo Pereira, que falaram sobre ESG, e Rachel Maia, que contou um pouco de suas experiências em Conselhos. 

“Cabe a nós, pessoas em cargos de liderança, promover cada vez mais a diversidade e inclusão, quebrando paradigmas no ambiente corporativo. Juntas, podemos criar um futuro mais igualitário, com mulheres negras e indígenas em conselhos”, comenta Graciema Bertoletti, cofundadora do Conselheira 101. 

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Ellen Serrão, indígena da etnia Sateré Mawé do Pará e participante da 4ª turma, relata que a formação vai muito além de mentorias e networking. “O Conselheira 101 é um espaço multiformativo, no qual aprendemos e ao mesmo tempo somos acolhidas. Desenvolvemos a liderança com representatividade, promovendo mudanças sistêmicas por uma gestão corporativa mais diversa e competente”, relata Ellen, coordenadora do time regional do Programa Global Vozes pela Ação Climática Justa.

Valdenise Meneses, aluna da 4ª turma e membro do Comitê de Auditoria, Riscos e Compliance da 2W Ecobank, iniciou a carreira como conselheira há dois anos. "Comecei o programa pensando que iria aprender apenas como ser conselheira, mas foi muito mais do que eu esperava. No C101 me senti acolhida, junto com mulheres de todo o Brasil e principalmente do norte, do Amazonas onde nasci. A sintonia foi tanta que acabamos nos tornando uma grande família", comenta.

Luciana Oliveira, Diretora Global de RH na Technip FMC, está na fase de transição de carreira de executiva para conselheira e participou do programa do C101. "Neste momento estou na jornada de desaprender como executiva e aprender como conselheira. O C101 foi um pontapé inicial muito importante para mim, com conexão e networking com pessoas renomadas da área", relata.

Com o sucesso e assertividade do programa, as cofundadoras Ana Beatrix Trejos, Ana Paula Pessoa, Elisângela Almeida, Graciema Bertoletti, Jandaraci Araújo, Leila Loria, Lisiane Lemos, Marienne Coutinho, Mayra Stachuk e Patricia Molino, realizam edições anuais do programa. A seleção tem como base critérios utilizados por conselhos de administração, como variada experiência de liderança corporativa e/ou habilidades em competências específicas. 

A iniciativa sem fins lucrativos é apoiada pela KPMG, Women Corporate Directors Foundation (WCD), B3, Oliver Press, Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) e Harpy Eagle.

Sobre o Conselheira 101 

O Conselheira 101 é um programa sem fins lucrativos, que tem por objetivo ampliar o conhecimento de lideranças femininas negras sobre o papel dos Conselhos de Administração e incentivar o networking das participantes com a comunidade de  governança corporativa. Idealizada por um coletivo de mulheres, a iniciativa surgiu de reflexões de diferentes grupos sobre os mesmos temas: como tornar os Conselhos de Administração mais diversos sob a perspectiva étnico-racial e como dar visibilidade a mulheres negras e indígenas que já possuem as qualificações necessárias para ocupar assentos nos Boards.

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