Apelidada de “Musa da Caminhada”, Kenia Maria estreou no comando da 18ª edição da Caminhada em Defesa da Liberdade Religiosa, realizada no último domingo (21), em Copacabana. Atriz, escritora, artista plástica, palestrante e sacerdotisa, ela dividiu a apresentação com o veterano Nando D’ Oxaguian, também sacerdote, conduzindo falas, lideranças, artistas e grupos culturais com firmeza e carisma.
Defensora das mulheres negras pela ONU Mulheres Brasil e referência internacional em causas sociais, Kenia integra a Agenda 2030 da ONU, já foi Embaixadora da VolvocarBR e figura entre os 100 afrodescendentes mais influentes do mundo pelo Mipad. Sua trajetória inclui prêmios como Raça, Faz Diferença (O Globo/Firjan) e Responsabilidade Social da ALERJ, além da experiência como palestrante do TEDxSãoPaulo. Ao assumir a apresentação da maior mobilização inter-religiosa do Brasil, ela soma um novo capítulo à sua jornada de impacto social.
Na televisão, destacou-se em Encantado’s (Globoplay), interpretando a dona de uma empresa de cosméticos, e participou da série Veronika, projeto do AfroReggae Audiovisual também exibido no Globoplay. Prestes a completar 50 anos no início de 2026, com 1,74 m e uma rotina ligada ao esporte, Kenia também é diretora da Fundação Beatriz Nascimento, em Nova Iorque. No lado pessoal, celebra a maternidade e a alegria de ser avó de Ayo, 5 anos, e Malawi, 2 anos.
Consolidada há 18 anos como referência internacional, a Caminhada reuniu cerca de 1,8 milhão de pessoas em Copacabana, em defesa do respeito às crenças, à diversidade e ao Estado laico. O ato é organizado pela CCIR – Comissão de Combate à Intolerância Religiosa, única organização no mundo a reunir representantes de praticamente todas as tradições religiosas em torno de uma causa comum, sob a liderança do Babalawô Ivanir dos Santos.
“Foi uma experiência incrível participar da Caminhada em Defesa da Liberdade Religiosa. Fui convidada pelo professor e Babalawô Ivanir dos Santos, a quem conheço desde os 13 anos, quando já fazia parte dos movimentos afros no Rio para entender minha identidade como mulher negra e mulher de santo. Tenho 15 anos de feita e um terreiro encantado na Zona Oeste. Estar em Copacabana, território afro-brasileiro que também é palco de denúncia e resistência, foi emocionante. Ver religiões se abraçando, pessoas de Cristo cantando para os orixás e pessoas de orixá cantando para Cristo mostra o Brasil que queremos e que a Constituição garante. Foi um dia de celebração, amor, alegria e paz. Espero estar presente muitas vezes ainda”, declarou Kenia Maria.
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