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Segunda-feira, 10 de Fevereiro de 2025

Cultura Preta

Sabores Afro: Conheça o curso que celebra a culinária afro-brasileira

Thays Andrade
Por Thays Andrade
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O Instituto Pró-Cidadania (IPC), em parceria com o Ministério da Cultura (MinC), lançou o pré-lançamento do curso "Sabores Afro-Brasileiros" no Dia de Iemanjá, em 2 de fevereiro. Este projeto visa promover a valorização da rica gastronomia afro-brasileira e suas influências culturais e religiosas.

Formação com Lourence Alves

O curso será conduzido por Lourence Alves, chef de cozinha renomada, doutora em Alimentação, Nutrição e Saúde pela UERJ e professora na Universidade Federal da Bahia. Ela destaca as origens e influências afro-brasileiras na gastronomia, trazendo à tona receitas que são parte integrante da tradição religiosa e cultural do Brasil.

Alves, que também é responsável pelo ensino em diversas universidades, busca com este curso explorar as tradições de matriz africana que influenciam diretamente a criação dos pratos que são consumidos em todo o país. O curso, além de ensinar receitas, propõe uma imersão na história e significado de cada ingrediente, que transcende a culinária para o campo espiritual e cultural.

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Em um gesto de respeito e conexão com as tradições religiosas, o curso será lançado com uma receita especial: o mungunzá, também conhecido como canjica. Este prato é carregado de significados culturais e espirituais, especialmente pela ligação com a Orixá Iemanjá, a mãe de todos, protetora dos mares.

Mungunzá, feito com milho branco, simboliza pureza, paz, fartura e união, sendo um prato comum nas celebrações religiosas afro-brasileiras. O milho, com sua cor branca, reflete a espiritualidade de Iemanjá e a fertilidade das águas. Além de seu simbolismo, o mungunzá é também uma expressão de união entre os povos e um alimento frequentemente ofertado a Iemanjá como pedido de proteção e bênçãos.

Valorização da Cultura Afro-Brasileira

O IPC, com o apoio do MinC, promove o curso "Sabores Afro-Brasileiros" dentro do projeto "Arte e Cultura em Movimento". Este projeto faz parte das ações do programa Escolas Livres, que busca democratizar o acesso à educação cultural e artística, com foco nas tradições afro-brasileiras. O objetivo é não apenas ensinar sobre gastronomia, mas também refletir sobre a preservação das raízes africanas no Brasil.

A coordenadora do projeto, Vanessa Sanches, destaca que o curso irá conectar a gastronomia com a espiritualidade, reforçando a importância do conhecimento e da preservação das práticas culturais afro-brasileiras. 

“A gastronomia é uma extensão da nossa cultura e espiritualidade, e esse curso é uma forma de resgatar e preservar as nossas raízes culturais afro-brasileiras,” conclui Lourence Alves.

 

 

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