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Expectativa de Vida dos Negros no Brasil: Impacto da Pobreza e Violência

Realidade que encurta vidas

Negros no Brasil vivem em média até seis anos a menos que brancos, aponta estudo recente. A análise utilizou dados do Censo e registros de óbitos para avaliar a expectativa de vida entre 2000 e 2019.

Fatores determinantes

A pobreza extrema é a principal responsável pela mortalidade precoce, agravada pela violência em favelas e áreas urbanas vulneráveis. Além disso, a falta de saneamento básico e o acesso precário à saúde intensificam a desigualdade.

Diferenciais entre homens e mulheres

Homens negros têm um diferencial de 5,9 anos a menos em relação aos brancos, principalmente devido a causas externas, como homicídios. Já as mulheres negras vivem, em média, quatro anos a menos, com destaque para doenças circulatórias.

Impactos na saúde e políticas públicas

Dados do SUS mostram maior dependência de negros, mas o subfinanciamento do sistema afeta a qualidade do atendimento. A historiadora Wania Sant’Anna reforça que é preciso evitar a naturalização dessa realidade.

Avanços e desafios

Estudos recentes apontam uma leve melhora na renda dos mais pobres, atribuída ao Bolsa Família e à recuperação do mercado de trabalho. No entanto, a violência ainda é um desafio significativo, com 62 jovens negros assassinados por dia, segundo o Atlas da Violência.

Para mais informações sobre os impactos da desigualdade racial, acesse nossa seção sobre o Movimento Negro.