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Segunda-feira, 24 de Marco de 2025

Política

Plano Juventude Negra Viva: Recife se compromete com jovens negros

Washington Andrade
Por Washington Andrade
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Recife adere ao Plano Juventude Negra Viva

Recife, na última quarta-feira (29), deu um passo significativo para o enfrentamento da violência contra a juventude negra ao assinar sua adesão ao Plano Juventude Negra Viva (PJNV). O programa, lançado pelo governo federal, visa ampliar as oportunidades para os jovens negros de 15 a 29 anos e reduzir a letalidade que afeta essa população.

O evento de assinatura, realizado na sede da Prefeitura, contou com a presença de importantes figuras públicas, como a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, o prefeito João Campos e o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macêdo. Outros representantes, como a ministra da Cultura, Margareth Menezes, e a senadora Teresa Leitão, também marcaram presença.

Impacto da adesão para Recife e Pernambuco

Com aproximadamente 65% de sua população se autodeclarando negra, Pernambuco, que é o quinto maior estado em população quilombola no Brasil, tem grande representatividade negra. Recife, a sexta maior cidade com população negra no país, reforça seu compromisso com políticas públicas focadas em inclusão e combate ao racismo estrutural.

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O Plano Juventude Negra Viva

O PJNV conta com 11 eixos de atuação e um conjunto de 217 ações pactuadas entre 18 ministérios. Com um investimento superior a R$665 milhões, o plano atua em áreas essenciais como educação, esporte e segurança. Seu foco é a redução das vulnerabilidades e a proteção contra a violência letal decorrente do racismo.

Com a adesão ao plano, Recife se compromete a adotar medidas que promovam a inclusão social e o fortalecimento de políticas públicas voltadas à juventude negra. A iniciativa é uma resposta a uma realidade que atinge duramente jovens negros em várias regiões do Brasil, refletindo as desigualdades raciais que persistem na sociedade.

Caravanas Participativas: A voz da juventude negra

O PJNV foi criado a partir de um processo participativo que envolveu cerca de 6 mil jovens negros em todo o país. As Caravanas Participativas, que percorreram os estados e o Distrito Federal, deram voz à juventude negra, permitindo que suas necessidades e desejos fossem incorporados ao plano.

Após a cerimônia de adesão, a ministra Anielle Franco ainda participou da 14ª Bienal da União Nacional dos Estudantes (UNE), evento que promove debates sobre educação, cultura e direitos sociais e reforça o protagonismo estudantil nas políticas públicas.

 

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CEO do ÁFRICAS e Jornalista

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