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Segunda-feira, 24 de Marco de 2025

Educação

Primeira turma de cotas médicas forma-se na Unicamp

Ricardo Martins
Por Ricardo Martins
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Primeira turma de cotas médicas forma-se na Unicamp
Estudantes plantaram um Baobá na Unicamp para celebrar o marco histórico - Keyla Sacramento
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Unicamp forma primeira turma de medicina com cotas raciais

Em dezembro de 2024, a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) alcançou um marco histórico ao formar sua primeira turma de medicina composta por estudantes ingressantes via cotas raciais. A iniciativa, implementada em 2019, reforça a busca por uma educação mais inclusiva e igualitária.

O impacto das cotas no curso de medicina

A presença de cotistas no curso simboliza uma transformação em uma área tradicionalmente elitizada. Durante a colação de grau, os formandos destacaram a relevância da diversidade, ressaltando o impacto da representatividade tanto no ambiente acadêmico quanto no Sistema Único de Saúde (SUS).

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O coletivo Quilombo Ubuntu, criado para apoiar estudantes negros, foi fundamental no enfrentamento de desafios e no fortalecimento da comunidade. Alunos relataram as dificuldades enfrentadas, como o preconceito, e o papel das políticas de permanência no sucesso dessa jornada.

Avanços e desafios no ambiente acadêmico

De acordo com a médica Mirella Menaque da Paz, integrante da turma, a presença de estudantes negros causou resistência inicial, com questionamentos sobre a qualidade do curso. No entanto, o desempenho acadêmico e a formação de redes de apoio reforçaram a importância dessa inclusão.

Por outro lado, o professor Erich Vinicius de Paula, diretor da Faculdade de Ciências Médicas, enfatiza que a transformação é contínua e exige esforços coletivos. A campanha “A diversidade é nossa força” busca consolidar o ambiente inclusivo na instituição.

Um novo olhar para o SUS

Estudantes e egressos destacam a necessidade de mudanças estruturais na medicina brasileira. Isso inclui a revisão curricular para abordar questões raciais e promover um sistema de saúde mais inclusivo e humanizado. O desafio é integrar a diversidade ao cuidado com a população.

Esse avanço é um passo importante na construção de um país mais justo e representativo, onde as conquistas individuais também refletem atos de resistência coletiva.

FONTE/CRÉDITOS: Com informações de reportagem de Nara Lacerda para o Brasil de Fato
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