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Segunda-feira, 09 de Dezembro de 2024

Negras e Negros

Sindicato dos Bancários de São Paulo exibe o segundo episódio da série Liberdade ou Morte: histórias que a história não conta

Claudia Alexandre
Por Claudia Alexandre
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Sindicato dos Bancários de São Paulo exibe o segundo episódio da série Liberdade ou Morte: histórias que a história não conta
João Leoci
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Com narrativas antirracistas sobre a história social da cidade de São Paulo, a web série “Liberdade ou Morte: histórias que a história não conta”, projeto realizado pelo Instituto Tebas de Educação e Cultura, lançará no próximo dia 12 de julho, o segundo episódio com o título Marcha Noturna pela Democracia Racial. A programação terá início às 18h, com concentração na Praça Antônio Prado (Centro) com caminhada até à sede do Sindicato dos Bancários (Rua São Bento, 413 – Edifício Martinelli), onde às 19 horas haverá leitura de crônicas, fruição do ensaio fotográfico, seguidos de exibição do documentário e debate sobre o tema. O ingresso é um quilo de alimento não perecível.

O episódio narra a 26ª. Edição da marcha, um dos marcos do protesto negro no Brasil contemporâneo, realizada anualmente na cidade de São Paulo, desde 1997. Em meio ao percurso da Marcha Noturna pela Democracia Racial, permeado por falas do escritor Abílio Ferreira e por canções puxadas pelo Jongo dos Guainás, Abou N’Gazy Sidibé, Júlio Cézar e Cinthia Gomes, brotam significados deste evento histórico por meio de depoimentos de protagonistas da marcha como Padre Enes de Jesus, Gilson Negão e do saudoso Flávio Jorge.

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As narrativas – visuais, fotográficas e textuais – desta edição retrata o movimento que nasceu em dia 13 de maio de 1997, quando pessoas saiam às ruas em silêncio, vestidas de preto com tarjas brancas, segurando velas acesas, protestando contra a celebração do 13 de maio e reivindicando o 20 de novembro, dia da morte de Zumbi dos Palmares, como o feriado da Consciência Negra.

A web série Liberdade ou Morte: histórias que a história não conta é composta por sete episódios e foi lançado dia 21 de junho, data de nascimento do abolicionista negro, Luiz Gama, com o episódio Caminhada Luiz Gama Imortal.  Os próximos títulos serão: Cerco Indígena a Piratininga; Cortejo em Memória de Chaguinhas; Marcha das Mulheres Negras; Marcha do Dia da Consciência Negra e Movimento Mobiliza Saracura Vai-Vai.

Todos os vídeos estarão disponíveis no site: www.institutotebas.org.br

 

Ficha Técnica

Episódio 2 – Marcha Noturna Pela Democracia Racial (2021, 27’, cor, 1080p)

Direção, roteiro, edição e finalização: Alexandre Kishimoto

Câmera: Caio Castor, João Leoci e Alexandre Kishimoto

Som: Vera Longo

Identidade visual: mercurio.studio

Motion graphics: Marcela Banduk

Composição e concepção da trilha sonora original: Aloysio Letra

Direção musical: Aloysio Letra e Ravi Landim

Arranjos: Ravi Landim

Edição: Ravi Landim e DJ Negrito

Música: Tiririca no Saracura (compositor: Aloysio Letra)

Intérpretes:

Voz principal - Luana Bayô

Percussão - Edvan Mota

Violão de 6 cordas - Ravi Landim

Violão de 7 cordas - Helô Ferreira

Clarinete - Laura Santos

Backing vocals - Aloysio Letra, Ravi Landim e Helô Ferreira

Mixagem e Masterização: DJ Negrito

Técnicos de som: Edvan Mota e DJ Negrito

Coordenação Geral: Abilio Ferreira

Produção Executiva: Vera Longo, Abilio Ferreira e Alexandre Kishimoto

Narrativas Textuais: Abilio Ferreira

Narrativas Fotográficas: João Leoci     

Designer Gráfico: Danilo de Paulo

Webdesigner: Beatriz Oliveira

Assessoria de Imprensa: Central de Comunicação - Claudia Alexandre e Camila Gonçalves

Assessoria Jurídica: Shigueo Kuwahara

Uma produção: Esquisito Filmes

Realização: Instituto Tebas de Educação e Cultura

Apoio:

Mandato da vereadora Luana Alves

“São Paulo, Farol de Combate ao Racismo Estrutural” (Secretaria Municipal de Relações Internacionais).

 

Liberdade ou Morte

 

Cada um dos episódios é constituído de duas obras artísticas, isto é, duas abordagens diferentes do mesmo tema: um ensaio de imagens do fotógrafo João Leoci, combinado com uma crônica de autoria do escritor Abilio Ferreira; e um audiovisual de Alexandre Kishimoto. A direção musical é do cantor e compositor Aloysio Letra e a identidade visual foi criada pelo designer Danilo de Paulo.

 “Lançamos mãos dessas três linguagens – vídeo, foto e texto, para narrar de que maneira a agenda do movimento negro-indígena paulistano dialoga com o processo histórico de interpretação do Brasil, tendo como marco referencial o slogan do grito do Ipiranga, no dia 7 de setembro de 1822. As peculiaridades das três linguagens se articularão mediadas por um conteúdo comum que é a agenda mencionada. Entretanto, caberá à narrativa textual explicar as relações existentes entre essa agenda e os acontecimentos ocorridos ao longo de dois séculos de fundação do projeto brasileiro de nação”, disse Abílio Ferreira.

A expressão “Liberdade ou Morte” remete ao lema da Revolução do Haiti (1791-1804), numa interpretação crítica do projeto de nação veiculado pelo grito do Ipiranga (Independência ou Morte), cujo bicentenário foi comemorado em 2022, em plena retomada das mobilizações coletivas pós-pandemia. Já o subtítulo “histórias que a História não conta” lembra um dos versos do emblemático samba-enredo da Mangueira História para ninar gente grande, campeã do carnaval carioca de 2019.

O projeto foi financiado por uma emenda parlamentar da vereadora Luana Alves (PSOL/SP), executada pelo Farol Antirracista, política pública da Secretaria Municipal de Relações Internacionais (SMRI) de São Paulo.

FONTE/CRÉDITOS: Divulgação
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