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Com o objetivo de bater a meta de um milhão de mulheres negras no dia 25 de novembro de 2025, em Brasília (DF), o comitê nacional da 2ª. Marcha das Mulheres Negras tem mobilizado várias frentes e organizado encontros regionais pelo Brasil. No próximo dia Dia 25 de Julho - Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha e Dia Nacional da Mulher Negra e de Tereza de Benguela serão realizadas Pré-Marchas. Já estão confirmadas as pré-marchas na Bahia, Ceará, Maranhão, Pará, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, São Paulo e Sergipe. A ideia é reunir mulheres negras em seus territórios para fortalecer a mobilização local, dar visibilidade às pautas regionais e aquecer o caminho rumo à Marcha nacional em novembro.
Entre as estratégias também está a realização de uma série de encontros com comunicadoras negras. Depois de Rio de Janeiro e Salvador, na terça-feira, dia 1º., abrindo o julho das Pretas, foi a vez de reunir as profissionais da cidade de São Paulo, em um café da manhã, no Nica Café e Restaurante (Jardins).
Entre as cerca de 60 jornalistas presentes estiveram Adriana Couto (TV Cultura); Bianca Santana (Geledés e Jornal da Cultura); Claudia Alexandre (Portal Áfricas e USP FM); Nadine Nascimento (Grupo Folha); Semayat Oliveira (Geledés e Mano a Mano); Thais Folego (Reset) entre outras jornalistas e influenciadoras de veículos de imprensa, mídias digitais e organizações sociais...
Ao saudar as convidadas, a jornalista Juliana Gonçalves, da Coordenação Nacional da Marcha, reforçaram que a “comunicação é frente fundamental de disputa política e simbólica, e que as mulheres negras atuantes na imprensa, mídias independentes e redes digitais têm papel nesta luta pelo Bem Viver de toda sociedade”, lembrando que o lema de 2025: “Por Reparação e Bem Viver”.
A fala de abertura foi da jornalista e Dra. em Comunicação, Rosane Borges, que participou da 1ª. Marcha das Mulheres Negras, que em 2015 levou 100 mil mulheres ao Planalto. “Estamos nos reunindo porque a marcha é política, portanto, tem um interesse público inestimável. Somos herdeiras de Carolina Maria de jesus e quando a gente marcha enquanto herdeiras de Carolina Maria de Jesus, a gente está dizendo que a nossa concepção política não é apenas concepção de gestão. Nós marchamos para dizer para o Lula e para toda a sua turma que aquela resposta em relação à escolha do STF, foi uma escolha que nos infantilizou. Nós continuamos brigando e queremos uma mulher negra no STF”, disse a jornalista.
Rosane lembrou a intelectual Lélia Gonzalez e sua forma de ironizar a branquitude ao dizer o “lixo vai falar”. “O lixo que fala somos nós. Nesses 10 anos a gente olha para o nosso país e diz que as coisas realmente pioraram. As coisas ganharam uma tonalidade muito mais terrível e nós dizemos que marchamos não mais para reivindicar uma lista de políticas públicas. A gente marcha inclusive para pensar outra noção de estado”, ressaltou. “Nós não estamos indo para Brasília para pedir mais educação, mais saúde. Nós estamos indo para Brasília inclusive para tensionar o que o estado brasileiro considera como educação e saúde”, concluiu.
A Marcha das Mulheres Negras contra o Racismo, a Violência e pelo Bem Viver, realizada em 2015, representou um marco histórico e político para a luta por justiça racial e de gênero no Brasil ao colocar no centro a importância da participação das mulheres negras no fortalecimento das agendas políticas contra o racismo patriarcal e as desigualdades, bem como na promoção de uma visão de sociedade focada na coletividade.
Equipes de Mobilização, Articulação e Organização: Comitê Global; Comitê Nacional; Comitês Regionais, estaduais e locais; Comitê de Mulheres Negras LBTIs; Comitê Quilombola; Comitê de Psicólogas Negras; Comitê de Comunicadoras; Comitê de Tecnologia; Comissão de Comunicação.
Acesse e compartilhe informações sobre a 2ª. Marcha Nacional de Mulheres Negras 2025:
www.marchadasmulheresnegras.com/
Instagram: @marchadasmulheresnegras2025
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