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Desigualdade Salarial: Mulheres em Situação Crítica
O 2° Relatório de Transparência Salarial e de Critérios Remuneratórios, apresentado pelos ministérios das Mulheres e do Trabalho, revelou que as mulheres ganham, em média, 20,7% menos que os homens em 50.692 empresas no Brasil. Este aumento em relação ao primeiro relatório, que apontava uma diferença de 19,4%, evidencia um problema persistente no mercado de trabalho.
A Situação das Mulheres Negras
Entre as trabalhadoras, as negras enfrentam uma disparidade ainda mais acentuada. Elas recebem apenas 50,2% do salário de homens não negros, conforme os dados coletados na Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) de 2023. Enquanto homens ganham, em média, R$ 5.464,29, as mulheres negras recebem apenas R$ 2.745,26.
Desafios e Propostas do Governo
A ministra Cida Gonçalves destacou que a igualdade salarial é prioridade do governo e deve ser debatida em fóruns internacionais, como o G20. Ela também enfatizou a importância de mudar a percepção social sobre o papel das mulheres no mercado de trabalho, afirmando que elas são essenciais para a sustentação de suas famílias.
O relatório analisa 18.044.542 vínculos de trabalho e revela que 31% das empresas ainda apresentam uma diferença salarial de 5% entre gêneros. A falta de políticas de igualdade salarial continua a ser um entrave para o progresso.
Dia Internacional da Igualdade Salarial
A divulgação deste relatório coincide com o Dia Internacional da Igualdade Salarial, que busca conscientizar sobre a luta pela igualdade de gênero no trabalho. Segundo a ONU, no ritmo atual, levará 300 anos para alcançar a igualdade de gênero em termos salariais, evidenciando a urgência em atuar contra essa realidade.
O relatório destaca a necessidade de um ambiente de trabalho mais justo, onde a igualdade salarial não seja apenas um objetivo, mas uma realidade para todas as mulheres.
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