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Antes de chegar ao conceito, o Eletroancestral amadureceu coletivamente sobre o experimento sonoro apresentado mais de dez vezes tanto na Região Metropolitana do Recife como no interior do Estado de Pernambuco. Essa noção do conhecimento da ideia é alcançada justamente na apresentação mais recente do grupo musical autoral, que reúne os artistas Ibrahin Genuíno, Rodrigo Gondão e Thulio Xambá na formação.

Da esquerda para a direita
Foto: Diego Leon
O trio Eletroancestral realizou recentemente uma apresentação na Casa Lontra, um espaço artístico-cultural de “incerteza e experimentação” que fica entre os bairros de Santo Amaro (Zona Norte do Recife) e da Boa Vista (centro recifense) - rua Bispo Cardoso Ayres, nº 72, Santo Amaro. A realização do encontro, no dia 06 de junho de 2025, foi com o incentivo público, sendo o financiamento aprovado no edital da Lei Paulo Gustavo (LPG), via Ministério da Cultura e Governo Federal e por meio do Governo do Estado de Pernambuco e Secretaria de Cultura.

Arte e foto: Diego Leon
Eles tocam instrumentos que cantam poeticamente a partir de uma composição sonora diversa e com tecnologia: percussões orgânica e eletrônica pelas mãos de Thulio Xambá — engome adubado e voz, pandeiro e caxixi, ambos em algumas ocasiões —; cordas (oud, também conhecido como alaúde árabe), beats e efeitos por Rodrigão Gondão; sopro (trombone) e efeitos eletrônicos com a assinatura de Ibrahin Genuíno.
“A gente mistura melodias e ritmos juntamente com a ancestralidade, reforçando o respeito ao que veio antes. Ao mesmo tempo, o grupo traz o improviso para lembrar que o ao vivo também é mudar. Para enfrentar o futuro é preciso dialogar com o passado”, acrescenta o coletivo.
Thúlio Xambá é do bairro da Mangabeira (Zona Norte do Recife); Rodrigão Gondão, do bairro de Tejipió (Zona Oeste do Recife); e Ibrahin Genuíno é natural de Nazaré da Mata (Zona da Mata Norte de Pernambuco).

O Eletroancestral atua também com pedais de loop (é um dispositivo que permite gravar e reproduzir loops de som musical, criando camadas e efeitos em tempo real). A sonoridade é composta coletivamente, ao vivo.
“O experimento é um convite à música, tanto orgânica como eletrônica, sempre viva e conectada com as tradições da cultura negra. O improviso sempre está e se fez presente”, complementa o grupo.
A identidade visual também é um investimento do grupo. Atualmente, a arte e a fotografia são assinadas pelo pernambucano Diego Leon.
Outra apresentação representativa para o conjunto aconteceu no Teatro Marco Camarotti, em Santo Amaro, Recife, em 2024 pela Mostra de Música Leão do Norte. Dentro do processo de chegar ao conceito, o show e consequentemente a vivência neste espaço fortaleceram a ideia de reconhecimento por meio da conquista.
As movimentações do experimento Eletroancestral surgiram em 2022. No mesmo ano, esteve na programação do Festival de Inverno de Garanhuns (FIG).
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