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Terça-feira, 15 de Julho de 2025
Eletroancestral alcança conceito: música, tecnologia e experimento autoral

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Eletroancestral alcança conceito: música, tecnologia e experimento autoral

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Antes de chegar ao conceito, o Eletroancestral amadureceu coletivamente sobre o experimento sonoro apresentado mais de dez vezes tanto na Região Metropolitana do Recife como no interior do Estado de Pernambuco. Essa noção do conhecimento da ideia é alcançada justamente na apresentação mais recente do grupo musical autoral, que reúne os artistas Ibrahin Genuíno, Rodrigo Gondão e Thulio Xambá na formação. 

Conheça @eletroancestral

 

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Artistas do grupo pernambucano Eletroancestral: Thulio Xambá, Ibrahin Genuíno e Rodrigão Gondão
Da esquerda para a direita
Foto: Diego Leon

 

O trio Eletroancestral realizou recentemente uma apresentação na Casa Lontra, um espaço artístico-cultural de “incerteza e experimentação” que fica entre os bairros de Santo Amaro (Zona Norte do Recife) e da Boa Vista (centro recifense) - rua Bispo Cardoso Ayres, nº 72, Santo Amaro. A realização do encontro, no dia 06 de junho de 2025, foi com o incentivo público, sendo o financiamento aprovado no edital da Lei Paulo Gustavo (LPG), via Ministério da Cultura e Governo Federal e por meio do Governo do Estado de Pernambuco e Secretaria de Cultura. 

Cartaz da apresentação na Casa Lontra (bairro de Santo Amaro, Recife/PE) 
Arte e foto: Diego Leon

 

Eles tocam instrumentos que cantam poeticamente a partir de uma composição sonora diversa e com tecnologia: percussões orgânica e eletrônica pelas mãos de Thulio Xambá — engome adubado e voz, pandeiro e caxixi, ambos em algumas ocasiões —; cordas (oud, também conhecido como alaúde árabe), beats e efeitos por Rodrigão Gondão; sopro (trombone) e efeitos eletrônicos com a assinatura de Ibrahin Genuíno.

“A gente mistura melodias e ritmos juntamente com a ancestralidade, reforçando o respeito ao que veio antes. Ao mesmo tempo, o grupo traz o improviso para lembrar que o ao vivo também é mudar. Para enfrentar o futuro é preciso dialogar com o passado”, acrescenta o coletivo. 

Thúlio Xambá é do bairro da Mangabeira (Zona Norte do Recife); Rodrigão Gondão, do bairro de Tejipió (Zona Oeste do Recife); e Ibrahin Genuíno é natural de Nazaré da Mata (Zona da Mata Norte de Pernambuco). 

Tambor, cordas e sopro compõem a sonoridade 

 

O Eletroancestral atua também com pedais de loop (é um dispositivo que permite gravar e reproduzir loops de som musical, criando camadas e efeitos em tempo real). A sonoridade é composta coletivamente, ao vivo. 

“O experimento é um convite à música, tanto orgânica como eletrônica, sempre viva e conectada com as tradições da cultura negra. O improviso sempre está e se fez presente”, complementa o grupo. 

A identidade visual também é um investimento do grupo. Atualmente, a arte e a fotografia são assinadas pelo pernambucano Diego Leon.

Outra apresentação representativa para o conjunto aconteceu no Teatro Marco Camarotti, em Santo Amaro, Recife, em 2024 pela Mostra de Música Leão do Norte. Dentro do processo de chegar ao conceito, o show e consequentemente a vivência neste espaço fortaleceram a ideia de reconhecimento por meio da conquista.  

As movimentações do experimento Eletroancestral surgiram em 2022. No mesmo ano, esteve na programação do Festival de Inverno de Garanhuns (FIG).  

FONTE/CRÉDITOS: Foto: Diego Leon
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Daniel Lima

Publicado por:

Daniel Lima

Comunicador social & jornalista. De Caruaru/PE, criado no Recife. Atua com assessoria de imprensa artístico-cultural e atualmente é assessor de imprensa/mídias sociais do Coco Raízes de Arcoverde/PE.

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