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Quinta-feira, 17 de Abril de 2025

Racismo

Usuários acusam Instagram de racismo ao associar "negra" a drogas

Washington Andrade
Por Washington Andrade
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Usuários acusam Instagram de racismo ao associar
Instagram associa a palavra 'negra' a drogas e gera revolta (Foto: Reprodução/Shutterstock)
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Instagram associa a palavra 'negra' a drogas e gera revolta

Usuários de redes sociais, como Instagram e Threads, manifestaram indignação ao perceberem que ao pesquisar termos como "negra" e "mulher negra" na aba de buscas, recebiam um alerta indicando que esses termos estavam associados à venda de drogas. A situação gerou ampla discussão sobre racismo e discriminação nas plataformas.

Indignação nas redes sociais

Muitos internautas utilizaram suas contas para questionar a associação de palavras relacionadas à identidade racial com o tráfico de drogas. A questão levantou debates sobre o uso inadequado de filtros automáticos e o impacto negativo na disseminação de conteúdos sobre temas raciais.

Resposta oficial da Meta

Em nota, a Meta, empresa que controla o Instagram e Threads, afirmou que a situação foi causada por um erro técnico e que o problema já havia sido corrigido. “Mais cedo, um problema técnico afetou a experiência dos usuários no Instagram e Threads. Resolvemos o problema o mais rápido possível e pedimos desculpas por qualquer inconveniente”, disse a empresa em comunicado.

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Preocupações com censura

Apesar da correção, usuários temem que o erro possa refletir na queda de alcance de conteúdos relacionados ao antirracismo e na visibilidade de mulheres negras e suas pautas nas plataformas. Além disso, palavras ligadas diretamente a drogas, como "maconha" e "cocaína", não geraram alertas semelhantes durante as buscas.

Questões mais amplas sobre racismo digital

A associação indevida da palavra "negra" à venda de drogas levanta preocupações sobre a forma como os algoritmos das redes sociais tratam conteúdos ligados ao racismo e à cultura negra. Usuários e ativistas acreditam que há uma discriminação estrutural no uso desses algoritmos que precisa ser revista.

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Washington Andrade

CEO do ÁFRICAS e Jornalista

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